Painel “Diálogo sobre a NDC Brasileira e a Proteção da Biodiversidade” reúne especialistas e lideranças na COP30
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O Instituto Vitória Régia participou, no dia 17 de novembro, do painel “Diálogo sobre a NDC Brasileira e a Proteção da Biodiversidade: Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Adaptação à Emergência Climática”, realizado no Pavilhão Brasil, no Auditório Cumaru, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP30, em Belém (PA).

O debate fez parte da programação oficial coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com a Casa Civil, reunindo comunidade científica, organizações socioambientais e representantes de povos tradicionais do Brasil e da Colômbia. O Instituto Vitória Régia esteve representado pela advogada Bárbara Veiga, que assumiu a moderação do painel.
A discussão teve como eixo central a NDC Brasileira – Contribuição Nacionalmente Determinada –, documento que integra o Acordo de Paris e que define as metas e ações do país para reduzir emissões de gases de efeito estufa e fortalecer a adaptação climática.
Durante o painel, foram apresentados os avanços, desafios e a urgência de transformar metas e compromissos em ações efetivas até 2035, especialmente considerando o papel da Amazônia e das comunidades que atuam como guardiãs da biodiversidade.
A NDC foi destacada como um instrumento essencial para:
Mitigação: redução consistente das emissões de GEE;
Adaptação: fortalecimento da resiliência de populações vulneráveis;
Proteção da biodiversidade: defesa dos ecossistemas e dos modos de vida tradicionais;
Cooperação internacional: integração entre países amazônicos frente à emergência climática.
O painel ressaltou que povos indígenas e comunidades tradicionais são protagonistas na manutenção da biodiversidade e, ao mesmo tempo, estão entre os grupos mais vulneráveis aos impactos climáticos. A troca de experiências entre Brasil e Colômbia trouxe perspectivas valiosas sobre:
práticas territoriais sustentáveis;
manejo tradicional da floresta;
segurança alimentar e sistemas agroecológicos;
adaptação comunitária frente à intensificação da crise climática;
bioeconomia como caminho para autonomia e desenvolvimento sustentável.
O debate contou com a presença de pesquisadores, representantes comunitários e especialistas que trouxeram análises profundas e experiências práticas:
• Prof. Carlos Nobre – Cientista do clima, USP
Reconhecido mundialmente por seus estudos sobre aquecimento global e pela liderança no projeto Amazônia 4.0, abordou os limites planetários, os riscos do ponto de não retorno e a necessidade urgente de alinhar inovação tecnológica ao conhecimento tradicional.O Instituto Vitória Régia registrou agradecimento especial pela contribuição do professor, que precisou se retirar para outro compromisso oficial.
• Prof. Davi Brasil – UFPA
Destacou pesquisas sobre produtos naturais, inovação e biomateriais, conectando ciência, tecnologia e valorização de cadeias produtivas amazônicas.
• Profª Georgiane Titan – SEBRAE/PA
Apresentou iniciativas de negócios sustentáveis, bioeconomia, acesso a mercados e fortalecimento de empreendedores que utilizam a biodiversidade amazônica de forma responsável.
• Representante de Comunidades Tradicionais do Brasil
Compartilhou perspectivas sobre governança territorial, ameaças climáticas e a importância do protagonismo comunitário nas estratégias de adaptação.
• Kelly Rengifo Castillo – Representante da Colômbia
Membro da Red de Huertos Agroecológicos de Cali e estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental, apresentou experiências de segurança alimentar, agroecologia urbana e redes comunitárias colombianas.
Com 23 anos de atuação, o Instituto Vitória Régia reforçou sua presença como referência em desenvolvimento sustentável, educação socioambiental, tecnologias sociais e fortalecimento comunitário. A participação no painel fez parte da missão institucional de:
promover conhecimento técnico e popular;
fortalecer redes socioambientais amazônicas;
contribuir para políticas climáticas alinhadas às realidades dos territórios;
apoiar iniciativas que conectam biodiversidade, inovação e economia sustentável.
A presença do IVR na COP30 reafirma o compromisso da instituição em atuar na defesa do meio ambiente, na promoção do desenvolvimento territorial e na construção de soluções que integrem ciência, saberes tradicionais e justiça climática.
O Instituto seguirá acompanhando agendas estratégicas da Conferência e fortalecendo sua atuação em rede com organizações, lideranças e instituições parceiras.




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