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Vai à CCJ projeto que facilita crédito a mulheres empreendedoras


Caberá ao BNDES a destinação de um valor mínimo anual a programas de incentivo.


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (1º) projeto que prevê o incentivo ao empreendedorismo feminino por meio de educação financeira e prioridade em programa de crédito. O PL 904/2023, do senador Flávio Arns (PSB-PR), recebeu relatório favorável da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO). Agora o projeto segue para votação final na Comissão de Constituição, Justiça (CCJ).

Segundo a relatora, as mulheres têm desvantagem na busca por crédito para seus negócios. A senadora apresenta dados estatísticos no relatório para argumentar pela a assimetria com relação aos homens.


“Segundo estudo realizado pela Rede Mulher Empreendedora em 2022, 55% das mulheres empresárias tinham dificuldade em conseguir crédito, ao passo que, ao se considerar homens e mulheres na amostra, apenas 33% tinham essa dificuldade. O projeto diminui as desigualdades no acesso ao crédito e promove o empoderamento feminino. É meritório incentivar o crescimento de empresas conduzidas por mulheres, pois elas contratam proporcionalmente mais mulheres que os empresários homens. É benéfico para a inserção feminina no mercado de trabalho”, defendeu Dorinha.


Microcrédito


O projeto altera a Lei 13.636, de 2018, para que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) dê prioridade às micros e pequenas empresas controladas por mulheres.

As instituições públicas oficiais de crédito e as agências oficiais de fomento implementarão ações de incentivo ao empreendedorismo feminino voltadas a promover o acesso facilitado de mulheres a linhas de crédito, educação financeira, assistência técnica e sistema diferenciado de garantias.

A proposta busca alcançar principalmente empreendimentos de micro e pequeno porte cujo capital social seja composto por percentual mínimo detido por mulheres.


Alterações


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é empresa pública, destinará valor mínimo anual a programas de incentivo ao empreendedorismo feminino, de acordo com regulamento do Poder Executivo.


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